O Homem do Saco

Aqui, a tipografia não se confunde
com um ofício saudosista.

Responsáveis:
Eduardo Brito, Joana Gama, Juan Yusta, Luís França, Luís Henriques, Manuel Diogo, Mariana Pinto dos Santos, Miguel Pereira, Ricardo Castro, Rui Ribeiro

Morada:
Avenida Dom Carlos I, Nº 77 – R/C
1200-647 Lisboa

Telefone:
+351 96 875 02 77
+351 91 796 53 68

Site:
www.ohomemdosaco.com

Facebook:
@O-Homem-do-Saco

Instagram:
homemdosaco

E-mail:
ldantanho@gmail.com

Áreas de Trabalho

Autocolantes / Cartazes / Casamentos / Edições / Encadernação / Estacionário / Formação / Gravura / Lettering / Linogravura / Papel / Risografia / Serigrafia / Tipografia / Xilogravura

Maquinaria

Quadros de serigrafia / Tipos de chumbo e de madeira / Prensa de tipografia / Prensa minerva de pedal / Prelos / Guilhotina / Prensa de serigrafia / Mesa de impressão de serigrafia / Nylon Print (fotopolímero) / Fotocopiadora riso (Riso GR 3770)

 

Área

70 m2

Aberta desde

2013
O Homem do Saco – Fotografias: Mariella Gentile

A política do ateliê é procurar que cada livro seja um objeto único e distinto, mudando, em cada edição, o formato, a letra e o papel.

O Homem do Saco é um ateliê de tipografia e edições de que fazem parte Eduardo Brito, Luís Henriques, Luís França, Joana Gama, Juan Yusta, Manuel Diogo, Mariana Pinto dos Santos, Miguel Pereira, Ricardo Castro e Rui Miguel Ribeiro. O seu surgimento data de 2013, como uma associação sem fins lucrativos, partindo de uma partilha de interesses desse conjunto de pessoas oriundas de várias áreas — da História de Arte à Farmácia, da Sociologia à Economia —, que se juntaram por uma afinidade editorial: o desejo de criar pequenas edições: edições em offset, capas de livros, capas de revistas, ilustrações, etc. Deste modo, o ateliê dedica-se a edições de algumas dezenas de exemplares em tipografia de carateres móveis, recorrendo também a impressões digitais ou, em offset, em edições de tiragens maiores e não excluindo a mistura de várias técnicas de impressão. Por outro lado, tem-se dedicado à recolha, em todo o país, de material que vai ser abandonado ou fundido, como tipos de chumbo, móveis de cavalete, etc. A política do ateliê é procurar que cada livro seja um objeto único e distinto, mudando, em cada edição, o formato, a letra e o papel. Nas edições mais artesanais, em plaquetes de 30 a 50 exemplares servem-se de um pequeno aforismo, de um poema ou de um texto curto com uma ilustração, como tema para esses livros cosidos à mão, sempre diferentes entre si, sempre originais.

A abordagem do ateliê é transversal: explora-se uma interpretação livre dos métodos e dos limites do ofício.

De entre os trabalhos realizados podem destacar-se: um cartaz para o Dia Mundial da Poesia de 2017 no CCB – Centro Cultural de Belém, baseado na Antologia do Cadáver Esquisito do Mário Cesariny, impresso em papel artesanal, com serigrafia e tipografia; uma série de cartazes realizados sobre o filme As Bodas de Deus, de João César Monteiro, ilustrativos da relação com Deus e com a religião; um livro-objeto, Album primo-avrilesque, monografia do escritor, humorista e artista plástico francês Alphonse Allais, constituído por uma série de quadros monocromáticos cujas legendas dizem respeito a situações caricatas relativas à cor. Neste ateliê fazem-se também convites de casamento, cartões pessoais e capas de livros, assumindo sempre que se deve praticar uma lógica de custo justo nos trabalhos.

O ateliê, não trabalha numa perspetiva exclusivamente comercial, mas recebe encomendas por parte de artistas, realizadores, artistas e associações culturais. Aqui, a tipografia não se confunde com um ofício saudosista: uma letra pertence ao alfabeto, mas também pode ser um signo ou uma ferramenta de impressão. A abordagem do ateliê é transversal: explora-se uma interpretação livre dos métodos e dos limites do ofício.

Para os membros do O Homem do Saco, é importante estar no centro da cidade: é aí que vivem.