Oficina 37

Tradicionalmente, esta é a rua do mobiliário e dos antiquários no centro da cidade.

Ao terminar o liceu Ana Luísa Neves faz o curso de Marceneiro-entalhador no Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva, em Lisboa. Na mesma escola, completa o Curso de Especialização Tecnológica em Restauro. Logo a seguir, começa a trabalhar por conta própria e abre a Oficina 37 na Rua de São Bento, numa loja de num prédio pertencente à sua família. Tradicionalmente, esta é a rua do mobiliário e dos antiquários no centro da cidade. Posteriormente, faz um estágio profissional no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian que lhe permitiu ir trabalhar para o Museu Nacional de Omã. Juntam-se-lhe Álvaro Lucas, nessa altura, e Teresa Sande Lemos, logo no final da licenciatura em Conservação e Restauro. É já na Oficina 37 que completa o mestrado em Arte Património e Teoria do Restauro, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Atualmente também dá aulas na Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva.

A Oficina 37 é, pois, composta por três pessoas: Ana Luísa Neves, que faz restauro e personalização de peças, Álvaro Lucas, que trabalha em marcenaria e empalhamentos, e Teresa Sande Lemos que trabalha em restauro de mobiliário. 

A Oficina 37 é, pois, composta por três pessoas: Ana Luísa Neves, que faz restauro e personalização de peças, Álvaro Lucas, que trabalha em marcenaria e empalhamentos, e Teresa Sande Lemos que trabalha em restauro de mobiliário. Quando completaram o curso de especialização tecnológica em restauro no Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva, que frequentaram juntos em 2006, foram estagiar para o Palácio Palmela, onde está sediada a Procuradoria Geral da República.

Os seus clientes são sobretudo particulares. O ateliê é mais procurado por portugueses para trabalhos de restauro e por estrangeiros que estão a viver em Lisboa para a reciclagem de peças. A Conservação e Restauro em madeira está a passar por uma fase muito difícil porque como ofício é pouco valorizado.

No Oficina 37 considera-se que para que a cidade não descaracterize ainda mais o seu centro, é necessário que as oficinas se mantenham em funcionamento: é no centro que há mais clientes. Todavia, este tipo de ofício está a ser empurrado para a periferia.