Carlos Guerreiro

Não é nos livros que se aprende
é com os mestres.

 

Responsável:
Carlos Guerreiro

Morada:
Rua São Boaventura, Nº 4-6
1200-409 Lisboa

Telefone:
+351 91 469 43 03
+351 21 346 08 64

Site:
www.encadernador-carlosguerreiro.blogspot.com

Facebook:
@carlosguerreiroencadernador

E-mail:
carlosguerreiro1959@gmail.com

Áreas de Trabalho

Conservação e restauro de documentos gráficos / Douração de balancê / Douração manual / Encadernação / Ouro / Restauro

Maquinaria

Guilhotina / Cisalha / Prensa / Balancê / Ferramentas de encadernação e douração

Área

26 m2

Aberta desde

1980
Carlos Guerreiro – Fotografias: Mariella Gentile

Aprende o ofício de encadernador no Instituto Padre António Oliveira considerado à época o melhor instituto da Europa e o quinto melhor do mundo.

Escolhe a profissão por gosto e o fascínio mantém-se até hoje, tanto pela área de encadernação como pela de douração. Aprende o ofício de encadernador com treze anos, em 1971, com o mestre Diogo Noronha, que mais tarde o convidou a integrar a sua oficina de douração, no Instituto Padre António Oliveira, em Caxias, considerado à época o melhor instituto da Europa e o quinto melhor do mundo, que fechou depois do 25 de abril de 1974. Em 1973, com dezoito anos, vai trabalhar para os arquivos nacionais da Torre do Tombo onde se manteve a trabalhar ao longo de vinte anos. Aí leciona também cursos para os técnicos. Na mesma altura, trabalha na oficina Jesus e Costa com outro mestre. Em 1998 mete uma licença sem vencimento de longa duração e continua a trabalhar na sua oficina, que abriu com vinte e dois anos, quando ainda trabalhava na Torre do Tombo, e onde pretende continuar a trabalhar mesmo depois da reforma.

Compra um espaço em trespasse, no início dos anos 80, e fez ele próprio desde o mobiliário às ferramentas de trabalho.

Compra um espaço em trespasse, no início dos anos 80, e faz ele próprio desde o mobiliário às ferramentas de trabalho. Hoje a oficina é muito visitada por turistas, estando mesmo incluída em visitas guiadas na cidade de Lisboa. Os seus clientes são sobretudo alfarrabistas, a Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, a Sociedade Portuguesa de Autores e particulares. Ao todo, desempenha este ofício há quarenta e quatro anos. Entre os seus trabalhos mais relevantes encontram-se: caixa em pele para a Carta de Pêro Vaz de Caminha; restauro do Livro dos Copos; vários livros de honra, nomeadamente para a Assembleia da República, para a Presidência da República, para o Príncipe Alberto do Mónaco e para a Rainha de Inglaterra; pastas de protocolo para o Rei do Togo; pastas de secretária para a Assembleia Nacional de Angola.

A frequência de workshops não é suficiente é preciso tempo e, idealmente, trabalhar com um mestre durante vários anos.

Carlos Guerreiro considera que este ofício, em Portugal, pode estar em vias de desaparecer. A frequência de workshops não é suficiente, é preciso tempo e idealmente, trabalhar com um mestre durante vários anos.