Galeria Tereza Seabra

A centralidade do ofício é fundamental.

Nome da oficina:
Tereza Seabra Jóias de Autor

Responsável:
Tereza Seabra

Morada:
Rua da Rosa, Nº 158-160 A
1200-389 Lisboa

Telefone:
+351 21 342 53 83

Site:
www.terezaseabra.com

E-mail:
tereza@terezaseabra.com

Áreas de Trabalho

Espaço expositivo / Joalharia contemporânea

Maquinaria

Laminadora / Carrinho de puxar fio / Maçaricos

Área

100 m2

Aberta desde

1984
Galeria Tereza Seabra – Fotografias: Mariella Gentile

Em 1978, regressa de Nova Iorque, onde estudou Joalharia, e funda o Departamento de Joalharia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual.

Na altura em que Tereza Seabra frequentava o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Lisboa, já tinha vontade de fazer Joalharia. Não existia, porém, uma escola. Vai para Nova Iorque e, a primeira coisa que faz, é procurar um curso de Joalharia Contemporânea. Estuda com o professor Thomas Gentille, primeiro no Craft Institute of America e depois no Art Centre Y. Permanece em Nova Iorque durante seis anos, tendo trabalhado nos ateliês de Robert Kulicke e de Hiroko Swornick. Ao mesmo tempo, torna-se assistente do professor Thomas Gentille e prossegue a sua formação com uma pós-graduação em Joalharia em Hamburgo, no Hochshule Für Bildende Künste, sob a orientação do professor Almir Mavigner. Aí, trabalha na galeria/oficina Silbermine de Michael Rheinlander. Posteriormente, é convidada para lecionar Joalharia no Art Center Y em Nova Iorque. Em 1978, regressa a Portugal e funda o Departamento de Joalharia do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, do qual se mantém responsável até 2004.

Estuda com o professor Thomas Gentille, primeiro no Craft Institute of America e depois no Art Centre Y.

Formou várias pessoas nesta área entre as quais Catarina Silva, com quem trabalha hoje em parceria. Ao todo, trabalha desde 1975 em Joalharia e para si cada último trabalho é o trabalho mais relevante. Os clientes mudaram: há cerca de quinze anos atrás eram pessoas ligadas à arte e a profissões liberais, como médicos, arquitetos e advogados. Hoje, tem colecionadores internacionais e pessoas com algum conhecimento ligados à Joalharia Contemporânea. Há, contudo, a grande lacuna de não haver museus dedicados a esta área, embora alguns museus já tenham feito exposições pontuais. Assim, enquanto está no Ar.Co, organiza exposições para o Museu Nacional de Arte Antiga, para a Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, para o Centro Cultural de Belém, para a Fundação Calouste Gulbenkian – CAM. É também comissária para Portugal da exposição Configura I Künste in Europa, Erfurt’91. A centralidade do ofício é para si fundamental: o Bairro Alto, por exemplo, é um local com características muito específicas, tem um historial importante ligado à imprensa e, hoje em dia, há centros que se tornam moda, mas depois desaparecem. O Bairro Alto é um bairro com história, embora a promessa que havia de haver mais ateliês de artistas não se tenha concretizado. Na altura em que se estabelece no Bairro Alto havia, contudo, bastantes oficinas ligadas às Artes e Ofícios. Era uma zona da cidade prometedora, com gente nova, com a promessa de ser um bairro de artistas. Ainda assim, há muita gente que procura o Bairro Alto à procura da vanguarda na área da moda. Há cada vez mais pessoas à procura de formação na área da Joalharia. Muita gente entra no ateliê à procura de aulas ou escolas.

Há países, como a Alemanha e a América, que apostaram em ter museus com coleções.

Porém, a História da Joalharia Contemporânea em Portugal tem apenas quarenta e cinco anos. Há países, como a Alemanha e a América, que apostaram em ter museus com coleções, o que faz toda a diferença, porque isso faz parte da educação das pessoas para esta área: terem um sítio, para além das galerias e das lojas, com uma função mais informativa em relação à História de uma disciplina.