Isabel Zarazúa

Preservo a identidade, a memória,
a tecnologia de uma cultura.

Responsável:
Isabel Zarazúa Astigarraga

Morada:
Rua do Noronha, Nº 19 – 1º
1250-027 Lisboa

Telefone:
+351 93 703 10 75

Site:
www.librelula-de-papel.blogspot.pt

Facebook:
@librelula.depapel

E-mail:
isabelzarazua@gmail.com

Áreas de Trabalho

Conservação e restauro de documentos gráficos / Encadernação

Maquinaria

Prensa

Área

12 m2

Aberta desde

1997
Isabel Zarazúa – Fotografias: Mariella Gentile

Isabel Zarazúa acredita que a missão de um conservador-restaurador não é apenas tratar da parte material e estética dos objetos, mas também preservar a identidade, a memória e a tecnologia, para que seja possível projetar para o futuro todo o conhecimento do passado.

Isabel Zarazúa acredita que a missão de um conservador-restaurador não é apenas tratar da parte material e estética dos objetos, mas também preservar a identidade, a memória e a tecnologia, para que seja possível projetar para o futuro todo o conhecimento do passado. Sempre procurou uma profissão multidisciplinar que integrasse as ciências e as artes. Formou-se na Escola Superior de Conservação e Restauro, em Madrid e, já com a especialização em papel, começou por trabalhar numa empresa especializada na conservação e restauro de papel e livro. Passou pelo Museu de Ciências Naturais de Madrid, onde adquiriu experiência na preservação de fotografia e de coleções científicas. Pouco depois, obteve uma bolsa de investigação de três anos para a preservação e divulgação do legado de Santiago Ramon y Cajal, ilustre neurocientista espanhol, prémio Nobel de Medicina. Durante a sua formação, veio a um congresso a Lisboa na Fundação Calouste Gulbenkian, e apaixonou-se pela cidade. Decidiu vir para Lisboa e começou por trabalhar na Biblioteca Nacional de Portugal.

Entre os seus trabalhos mais relevantes encontram-se: o restauro de um conjunto de pinturas e caligrafias chinesas da coleção de Camilo Pessanha do museu Nacional de Machado de Castro; restauro dos globos celeste e terrestre da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; uma intervenção do Foral de Cascais em pergaminho; três campanhas de trabalho de restauro numa equipa internacional no Egito para tratamento de manuscritos coptas do século XIII. 

Decorridos três anos, iniciou o seu percurso como freelancer. Foi então que decidiu aproveitar os seus conhecimentos técnicos para criar objetos de forma artesanal. Desenvolveu a Librelula, uma marca de encadernação e criação de objetos únicos e edições limitadas, produzidos com serigrafias, papéis marmoreados pintados à mão, pele, entre outros materiais. Alguns destes livros são inspirados nos primeiros livros datados do século IV, denominados Nag Hammadi, mas o intuito da Librelula é criar “espaços em branco para deixar voar a imaginação”. Nesta vertente, destaca-se a participação no merchandising da exposição internacional sobre Portugal intitulada Encompassing the Globe (Smithsonian Institution, Washington, E.U.A). Para Isabel Zarazúa, é importante poder trabalhar com colegas em equipas multidisciplinares, mas desenvolver também projetos a solo. Entre os seus trabalhos mais relevantes encontram-se: o restauro de um conjunto de pinturas e caligrafias chinesas da coleção de Camilo Pessanha do museu Nacional de Machado de Castro, atualmente expostas no Museu do Oriente em Lisboa; restauro dos globos celeste e terrestre da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, realizado no Instituto dos Museus e da Conservação; uma intervenção do Foral de Cascais em pergaminho; três campanhas de trabalho de restauro numa equipa internacional no Egito para tratamento de manuscritos coptas do século XIII. Durante vários anos esteve num ateliê na Almirante Reis, mas a cidade está em transformação e os espaços de trabalho não estão fora desta vaga. Gosta muito de trabalhar no centro de Lisboa, mas sente que é um privilégio cada vez mais difícil de conciliar com a pressão turística.