Latoaria Maciel

Começámos a funcionar em 1789.

Responsáveis:
Margarida Gamito e Rui Gamito

Morada:
Rua da Boavista, Nº 6
1200-087 Lisboa

Telefone:
+351 93 694 78 25

Facebook:
@casamaciel

E-mail:
margaridagamito@hotmail.com

Áreas de Trabalho

Abat-jours por medida / Bronze / Conservação e restauro de metais / Estanho / Fabrico de candeeiros / Ferragens / Lanternas em folha de flandres / Latão / Latoaria / Restauro e reparação de candeeiros

Maquinaria

Fieiras / Quinadeiras / Calandras / Esmeriladoras / Engenho de furar

Área

35 m2

Aberta desde

1789
Latoaria Maciel – Fotografias: Mariella Gentile

Quando o intendente Pina Manique ordenou que Lisboa fosse iluminada, obrigou cada latoeiro a fornecer seis tipos de lanternas para a via pública e a Casa Maciel forneceu essas lanternas em ferro zincado.

A Latoaria Maciel começa a laborar em 1798, mas a casa só foi registada oficialmente em 1810. Conta com mais de duzentos anos de história e, ao longo dos anos, tem fabricado artigos em metal como candeeiros, artigos de decoração, lanternas tradicionais e modernas, semicúpios, banheiras e carros de cavalos. Começou por fabricar candeeiros de petróleo, de azeite ou de óleo de baleia e era especializada em lanternas de carruagens. Quando o intendente Pina Manique ordenou que Lisboa fosse iluminada, obrigou cada latoeiro a fornecer seis tipos de lanternas para a via pública, para as principais zonas da cidade. Como outras tantas latoarias, a Casa Maciel forneceu essas lanternas em ferro zincado, com um cunho de azeite, que foram colocadas nas ruas de Lisboa ao longo de seis anos. Forneceu também a Coroa Portuguesa e as Sés Catedrais de Portugal, mas não só: podem ser vistos candeeiros oriundos da Latoaria Maciel no Japão. A Latoaria Maciel foi responsável pela alteração da iluminação do Vidago Palace Hotel, cujas lanternas originais pertenciam à Casa Maciel e pelos candeeiros do Palácio de Queluz, da Sé de Lisboa, da Sé de Santarém, da Sé de Évora, e das arcadas dos Ministérios em Lisboa. Os principais clientes são particulares, hotéis e igrejas.

Encaram a latoaria com uma arte, e por isso ela deve existir numa zona nobre da cidade porque, além de aí ser dignificada, torna-se um pólo de atração de clientes e de turistas.

A Latoaria Maciel mantém-se na posse da mesma família desde há sete gerações: Margarida Pragana Gamito pertence à sétima geração de proprietários e está atualmente à frente do negócio. A casa original fechou em 2014 e reabriu um novo espaço em dezembro de 2016, na Rua da Boavista. Aqui trabalham Margarida, o marido Rui Gamito e o mestre Rufino, latoeiro há sessenta e cinco anos, que trabalhou com o avô e o pai de Margarida e ainda hoje trabalha na Maciel.

Encaram a latoaria com uma arte e, por isso, ela deve existir numa zona nobre da cidade porque, além de aí ser dignificada, torna-se um pólo de atração de clientes e de turistas. Embora as escolas comerciais e industriais tenham desaparecido, este ofício é necessário. Constatam que existem pessoas com interesse em aprender muitas delas aparecem na oficina.