Alexandre Bobone

O povo português é muito bom metalúrgico.

Nome da oficina:
Bigorna Louca

Responsável:
Alexandre Bobone

Morada:
Calçada da Quintinha, Nº 23 B
1070-133 Lisboa

Telefone:
+351 91 921 62 04

E-mail:
bigornalouca@gmail.com

Áreas de Trabalho

Conservação e restauro de metais / Estanho / Ferragens / Ferreiro / Ferro / Latão / Metalúrgica / Restauro / Restauro e reparação de candeeiros / Serralharia / Sinalética / Zinco

Maquinaria

Máquina de soldar Tig / Maçaricos / Máquina de corte de fita / Forja / Forno mecânico / Máquina de polir / Retificadoras / Engenho de furar

Área

60 m2

Aberta desde

1999
Alexandre Bobone – Fotografias: Mariella Gentile

Alexandre Bobone sempre demonstrou uma habilidade natural para se relacionar com os materiais.

Alexandre Bobone sempre demonstrou uma habilidade natural para se relacionar com os materiais. Desde miúdo que os objetos lhe interessavam e o apaixonavam. Seguindo essa vocação, ao completar o 12º ano, inscreveu-se num curso profissional em Alverca de serralharia mecânica. Completando esse curso, foi convidado por um amigo de um familiar, que possuía uma serralharia de aços inoxidáveis, para ir trabalhar na sua oficina, a Corinóx. Aí, ao longo de cinco anos, aprendeu o ofício com o mestre Mário Corrêa, com quem mantém uma relação próxima e por vezes continua a fazer trabalhos em conjunto.

O mestre foi alguém que o ensinou não só a lidar com o ofício, mas também a estar na vida e a poder abrir a sua própria oficina.

O seu mestre tinha estado vinte anos na Suíça onde, entre outras coisas, aprendeu a soldar, a polir, a fazer tudo nesta área. Obviamente que aprendeu a soldar com os soldadores, a polir com os polidores, mas tinha as suas máquinas e começou a desenvolver a sua própria técnica. Ensinou-o que há alturas em que é preciso ficar apenas a observar para, mais tarde, poder construir o seu próprio método.

Considera que o mestre foi alguém que o ensinou não só a lidar com o ofício e a poder abrir a sua própria oficina, mas também na forma de estar na vida.Em 1999 abriu o espaço onde agora se encontra. Ao todo, dedica-se a este ofício há cerca de dezassete anos. Dos seus trabalhos mais relevantes destaca os de iluminação, nos quais se dedica a reaproveitar peças.

Trabalha sobretudo com arquitetos e artistas, quando têm dificuldades técnicas na parte do metal, e também com antiquários, no fabrico de bases para expor peças.

Trabalha sobretudo com arquitetos e artistas, quando têm dificuldades técnicas nos trabalhos em metal, e também com antiquários, no fabrico de bases para expor peças. Os seus clientes encontram-no sobretudo através do boca a boca, cada cliente passa o seu contacto a outros clientes. Acredita que a aprendizagem deste ofício tem procura, que é uma questão de encontrar as pessoas certas para estabelecer uma relação mestre-aprendiz. Segundo Alexandre Bobone, o povo português é muito bom metalúrgico, quem trabalha, trabalha bem e com gosto, por isso o ofício vai continuar. Haverá sempre alguém que pegue e continue.