Responsável:
Ana Francisca
Morada:
Rua Poço dos Negros, Nº 15-17
1200-335 Lisboa
Telefone:
+351 91 903 53 74
Site:
www.anafrancisca.pt
E-mail:
anafranciscacorreia@gmail.com
Há muita gente interessada em
voltar ao trabalho manual.
Responsável:
Ana Francisca
Morada:
Rua Poço dos Negros, Nº 15-17
1200-335 Lisboa
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anafranciscacorreia@gmail.com
Em cada projeto há a necessidade de desenhar móveis à medida para responder a diversas exigências dos clientes.
Para Ana Francisca, arquiteta pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, a madeira sempre foi um material de eleição. Na reabilitação de apartamentos, inclui sempre nos projetos trabalhos em madeira para áreas específicas como cozinhas, salas, etc. Assim, em cada projeto há a necessidade de desenhar móveis à medida para responder a diversas exigências dos clientes. Já tinha frequentado um pequeno curso de Marcenaria em Nova Iorque e, em 2002, decide concretizar esta paixão antiga e estudar Marcenaria e Talha no Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, em Lisboa, para conseguir desenhar os móveis de acordo com as orientações tradicionais, como meio de garantir a durabilidade das peças. Desta maneira, procura afastar-se do consumo rápido dos móveis pré-fabricados de curta duração, procurando desenhar e construir peças mais estáveis e singulares cada vez mais procuradas pelos clientes. Está a trabalhar em Marcenaria desde 2009 e, entre as suas peças mais relevantes, recorda uma mesa para um barco, uma peça esteticamente simples e fácil de fazer, mas muito trabalhosa de pensar para ser durável e funcional, bem como uma cozinha para uma casa no Porto, que incluiu a recuperação de parte dos móveis e portas que já existiam. Os seus clientes são particulares (estrangeiros e portugueses), associações sem fins lucrativos e empresas. A zona onde instalou o seu estúdio é aquela onde vive desde criança. Quando surgiu a oportunidade de recuperar o espaço onde se encontra, não hesitou.
É importante que os ofícios se mantenham no centro da cidade, alguns marceneiros que saíram acabaram por regressar, pois é aqui que os clientes estão.
Para Ana Francisca Amaral, é importante que os ofícios se mantenham no centro da cidade, tendo conhecimento de outros marceneiros que saíram, acabaram por regressar pois é aqui que os clientes estão. Observa que há muita gente interessada em voltar ao trabalho manual. Para Ana Francisca, passamos horas agarrados ao computador sem ver as coisas feitas e neste ofício, o trabalho cresce à nossa frente. A oferta formativa, contudo, não é suficiente, quer em termos de flexibilidade quer em termos de qualidade: os cursos são equivalentes a um técnico-profissional cuja carga horária é impossível de conciliar com uma profissão. E, no entanto, estes cursos são determinantes: durante os anos em que estudou arquitetura nunca tomou contacto com a arte da carpintaria/marcenaria.
Foi no decorrer da sua experiência profissional que aprendeu diretamente com carpinteiros e marceneiros.
Foi no decorrer da sua experiência profissional que aprendeu diretamente com carpinteiros e marceneiros. A construção civil, por exemplo, não tem escola, é necessário aprender com um mestre. Assim, para recuperar estas áreas de conhecimento, é fundamental a passagem pela experiência do fazer.