Hospital dos Candeeiros

É um negócio familiar criado nos anos 1960 por Maximiliano Rola, um vulto desportivo nacional, na área do ciclismo e do motociclismo.

É um negócio familiar criado nos anos 1960 por Maximiliano Rola, um vulto desportivo nacional na área do ciclismo e do motociclismo. Na oficina, muitas fotos o recordam. Este vasto acervo de vidros de iluminação que Maximiliano reuniu ao longo da vida, foi, como nos disse o filho Messias Rola, um conceito visionário. Aqui existe o maior acervo de vidros em Lisboa e uma oficina que chegou a exportar candeeiros. Ainda bebé, Messias Rola já vinha para a loja e, enquanto a mãe Maria Gabriela Rola, fabricava abat-jours e o pai reparava candeeiros, Messias Rola e a irmã, Eugénia Rola, brincavam com as peças que encontravam na oficina. Quando cresceram, começaram a ajudar nos tempos livres e foi assim que aprenderam o ofício e conviveram com grandes mestres do fabrico de candeeiros que por aqui passaram, como o Sr. Fonseca, que tinha uma fábrica de candeeiros de grande dimensão em Lisboa, onde Messias Rola passou muitas horas: ainda hoje tem ferramentas feitas e oferecidas por ele. Muito novo, já ia com o pai às fábricas, nomeadamente à Fábrica de Vidro da Marinha Grande. Assim, tal como a sua irmã, ficou a conhecer o mundo do fabrico de candeeiros desde cedo.

Os seus clientes são jornalistas, médicos, advogados, arquitetos, instituições, museus, ministérios, em suma, particulares, empresas, instituições e todos aqueles que gostam de candeeiros.

Quando terminou o liceu decidiu começar logo a trabalhar e por aqui acabou por ficar. Mais tarde conclui o curso de Design de Produto da Escola Artística António Arroio e posteriormente faz também um curso de História de Arte na Sociedade Nacional de Belas-Artes, encontrando-se a frequentar o curso de Joalharia no Ar.Co – Centro de Comunicação Visual, que se torna complementar ao trabalho de metais dos candeeiros e cujo conhecimento transporta para a oficina. Este ofício abrange muitas áreas, é possível que haja pessoas com interesse em aprender pois há sempre curiosos, mas não se ensina propriamente nas escolas.

Alguns dos seus trabalhos mais relevantes foram a recuperação e restauro dos lustres das Salas do Protocolo do Ministério dos Negócios Estrangeiros no Palácio das Necessidades; o restauro do lustre da Biblioteca da Cruz Vermelha, que incluiu peças novas; o restauro dos apliques dos candeeiros do Museu da Cidade; e o restauro de candeeiros do Palácio Pimenta e de um lustre no Ministério da Administração Interna.

Para Messias Rola a centralidade da oficina é importante: o pai escolhe instalar-se em Arroios, numa rua onde passava muita gente, como um local estratégico para o comércio.

Os seus clientes são jornalistas, médicos, advogados, arquitetos, instituições, museus, ministérios, em suma, particulares, empresas, instituições e todos aqueles que gostam de candeeiros. Além da clientela de bairro, há clientes de todo o país, particulares e instituições. Para Messias Rola a centralidade da oficina é importante: o pai escolhe instalar-se em Arroios, numa rua onde passava muita gente, como um local estratégico para o comércio.