RPN

O que mais me satisfaz é dar vida a um relógio
de família que não funciona há anos.

Nome da oficina:
RPN – Relógio Praticamente Novo

Responsável:
António Serafim

Morada:
Rua de São Julião, Nº 66
1100-562 Lisboa

Telefone:
+351 93 319 14 58
+351 21 604 27 01

Site:
www.rpn.pt

Facebook:
@RPN.Atelier

E-mail:
rpn@rpn.pt

Áreas de Trabalho

Compra, venda e troca de relógios usados / Relógios / Relojoaria / Reparação de relojoaria de pulso / Restauro de relojoaria de pulso

Maquinaria

Aparelho de ultrassons para limpeza de caixas e braceletes metálicas / Aparelho de tratamento por jato de areia / Aparelhos de teste para relógios de quartzo / Aparelhos de teste para relógios mecânicos / Aparelhos de teste para relógios automáticos / Microscópios analógico e digital / Aparelhos de hermeticidade a água e pressão / Máquina de polir - satinar / Secadores / Torno

Área

70 m2

Aberta desde

2010
RPN – Fotografias: Mariella Gentile

A RPN está equipada com a mais recente tecnologia, vocacionada para reparar e restaurar relógios de pulso ou de bolso, em especial a alta relojoaria, assegurando a assistência técnica oficial a várias marcas relojoeiras.

Aos catorze anos inicia a sua formação na Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa. Depois do curso, trabalha em várias empresas do ramo, até que entra na ACOR, o que lhe permitiu ter acesso a marcas de alta relojoaria e aí fica cerca de dez anos. Pensa transitar para a área comercial da ACOR, mas acaba por ser convidado pelo grupo Richmond, para ser responsável pelas marcas Cartier, Piaget, Vacheron Constantin, entre outras. Assim, até 2009, recebe formação contínua nas várias marcas do grupo. Sentindo necessidade de conhecer mais a fundo o funcionamento das empresas, completa o curso de Gestão e Marketing no IPAM – Instituto Português de Marketing e, em 2010, decide criar o seu próprio negócio.

Os seus mestres aprenderam com os Suíços e os programas da Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa eram os mesmos dos da escola de Relojoaria Suíça.

A sua ideia era criar uma loja-ateliê onde fosse possível acompanhar o restauro de relógios antigos. Tendo crescido no Cais-do-Sodré e trabalhado na Baixa muitos anos, pensou que fazia sentido criar aí uma empresa. Assim, abre uma primeira loja na Calçada do Combro, que ainda mantém, e posteriormente abre um ateliê na Rua de São Julião, onde trabalham quatro funcionários. Atualmente, a RPN está equipada com a mais recente tecnologia, vocacionada para reparar e restaurar relógios de pulso ou de bolso, em especial a alta relojoaria, assegurando a assistência técnica oficial a várias marcas relojoeiras. Às vezes o trabalho pode ser um pouco repetitivo, mas há sempre expetativas de, nas formações, poder ter contacto com um relógio mais complexo tecnicamente para um dia poder reparar esses relógios. O que lhe mais satisfaz é dar vida a um relógio de família que não funciona há anos. Os seus clientes são essencialmente particulares e ourivesarias. Embora os ofícios tenham vindo a desaparecer, o universo dos artífices continua relacionado com a Baixa.

O desafio do relojoeiro é miniaturizar os órgãos, colocá-los no mesmo relógio de modo a que ele funcione, e bem, na expetativa que o cliente tem.

A Escola de Relojoaria onde estudou continua a funcionar e o seu filho acaba por tirar lá o curso. Porém, para António Serafim, a qualidade não é a mesma: os seus mestres aprenderam com os Suíços e os programas da escola eram os mesmos dos da escola de Relojoaria Suíça. Portugal teve este privilégio durante anos. Por esse facto, segundo António Serafim, a escola não devia estar integrada nos cursos profissionais, mas ao nível, no mínimo, de um bacharelato, pois para se trabalhar a sério em Relojoaria, requerem-se conhecimentos que devem ser aprofundados e testados para que cada técnico consiga dominar as técnicas necessárias de um instrumento de alta precisão. A Relojoaria esteve quase igual durante os últimos 50 anos e, nos últimos dez anos deu um grande salto, devido aos mercados emergentes. Facilmente a geração anterior à sua ficou desatualizada. Os trabalhos de relojoaria atuais são inovadores e surpreendentes, fogem ao comum. O desafio do relojoeiro é miniaturizar os órgãos, colocá-los no mesmo relógio de modo a que ele funcione, e bem, na expetativa que do cliente.