Thibaut Dumas

Ensinar também é uma forma de aprender.

Responsável:
Thibaut Dumas

Morada:
Rua Nova do Loureiro, Nº 8 – R/C
1200-295 Lisboa

Telefone:
+351 21 394 01 11

E-mail:
thibautlisboa@gmail.com

Áreas de Trabalho

Conservação e restauro de instrumentos de corda / Construção de instrumentos de corda / Construtor de violinos / Construtor de violoncelos / Luthier / Reparação e restauro de instrumentos musicais / Reparação e restauro de instrumentos musicais de corda / Restauro

Área

60 m2

Aberta desde

2007
Thibaut Dumas – Fotografias: Mariella Gentile

Colabora no Atelier Louise Berthaud, em Avignon, França, onde trabalha durante quatro anos apenas em instrumentos do quarteto — violinos, violas e violoncelos — e na construção de arcos.

Tinha sete anos quando decide estudar violino e entra para o Conservatório de Grand Avignon, no sul de França. Depois da aprendizagem de violino entra em contacto com vários mestres construtores de instrumentos de música de corda e passa por várias oficinas, tendo sido discípulo do mestre Christian Bayon. Consegue um estágio de quinze dias em Marselha ao qual se segue um outro estágio em Avignon. Inspirado pelo ofício, depois de terminar o ensino secundário contacta várias escolas e acaba por fazer uma formação de quatro anos, na Newark School of Violin Making, em Newark, na Inglaterra, entre 1998 e 2002. Ainda em França, colabora no Atelier Louise Berthaud, em Avignon, onde trabalha durante quatro anos apenas em instrumentos do quarteto — violinos, violas e violoncelos — e na construção de arcos. Em 2007, vem para Portugal, onde se instala como trabalhador independente. Trabalha como luthier de instrumentos de arco, desde 2009. Entre os seus trabalhos mais relevantes destaca-se o restauro de um violoncelo pertencente à Escola de Música do Conservatório Nacional, construído por Joachinus Josephus Galram, que esteve em Portugal no século XVIII, e cujos instrumentos são muito bem concebidos, com uma qualidade que demonstra uma cultura e uma educação específica para a construção de instrumentos. Recorda também o restauro de um violino Charles Jean Baptiste Collin-Mezin.

Os seus clientes também podem ser pessoas que tocam violino por gosto, que vão arranjar os violinos para oferecer aos netos, que tocam violino como forma de terapia, que apenas tocam sozinhos ou ainda pessoas que tocam na rua.

Os seus clientes vêm de todo o mundo, mas há também os alunos e professores da Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, profissionais das orquestras — Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos, Orquestra Gulbenkian da Fundação Calouste Gulbenkian — e pessoas que tocam violino por gosto, que vão arranjar os violinos para oferecer aos netos, que tocam violino como forma de terapia, que apenas tocam sozinhos ou ainda pessoas que tocam na rua.

A proximidade da Escola de Música do Conservatório Nacional fê-lo estabelecer a sua oficina no Bairro Alto. Thibaut Dumas considera essencial que este ofício se mantenha no centro da cidade: os ofícios trazem vida à cidade, são para aqueles que habitam a cidade. Está neste ateliê há dois anos e entende que as lojas históricas devem ser mantidas, mas que os mais jovens que se iniciam neste ofício precisam de apoio. Tem com ele no ateliê um jovem com dezassete anos a aprender o ofício há mais de um ano, que gostaria de frequentar a escola em Cremona, na Itália. Para Thibaut Dumas, ensinar também é uma forma de aprender através da maneira como transmitimos o que sabemos. No seu caso, até conseguir abrir o seu próprio negócio preparou-se durante oito anos. Este é um ofício que leva muito tempo a aprender.